sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

a saga do inexprimível.

a segurança de encontrar alguém.
a incapacidade de se expressar como desejado.

as limitações impostas pelo mundo físico.
mas que ao mesmo tempo, esse mesmo mundo que nos limita,
devido aos seus limites e contornos, nos permite ser duas coisas e,
a partir dai faz nascer o sentimento de querermos ser apenas um.

a constante batalha entre a unidade universal e egocentrismo individualista, sempre cômoda.
temos que ser gratos por nossos limites, afinal são essas limitações que fazem nós querermos transcender. claramente, se já estivéssemos do outro lado, oniscientes, plenos e completos, não veríamos propósito em querer ser o que seríamos.

porém, estamos constantemente buscando tocar a superfície. tudo porque a humanidade ainda é uma criança curiosa, tentado agarrar-se ao maior número de experiências que a rodeia, possível.

a segurança de encontrar alguém que você apenas sabe que sente o mesmo por você e,
a partir daí, ter um sentimento desperto por isso, que faz você querer fundir-se com essa pessoa.
transcender junto, para quando chegar do outro lado, antes mesmo de ser parte do todo, ser parte da outra parte. o supremo, o máximo, o definitivo orgasmo da vida.

esse orgasmo terminal de transcender junto, apenas é o rompimento dos limites físicos, é o cruzamento para a unidade universal. é a passagem da vida, para a morte. a paz presente na plenitude de realizar uma vida junta, que renda frutos. o amor vivido. o amor tem que ser vivido no âmbito cheio de limites e contornos do material, para ser catalisado na transcendência daqui, para lá.

morrer é o maior orgasmo da vida.

mas como a vida,  e para a vida poder proporcionar esse prazer, temos que cunhar o amor, lapidá-lo, buscá-lo, querê-lo, ansiar ao máximo.

vêm comigo? vou te entregar o que tenho de mais precioso, meu amor:

Meu Amor.