somos do modo como somos vistos
me fecho para me preservar
não quero a proximidade prolongada
ao menos momentaneamente
preciso prezar pela integridade
pela minha auto-conservação
me enclausulo em minha mente
como refúgio do mundo externo
para me recuperar
preciso descobrir onde estou errando
por isso me recolho
me excluo a fim de me descobrir
fico recluso
fico só
fundo minha vida solo
inicio minha jornada
me descubro num verso plural
em mim sou tão cheio e completo
supro minhas próprias necessidades
sou tão grande quanto minha mente
me encaixo em mim
meu retiro me engrandece
de forma que explodo essa carcaça que me prende
cresço
desenvolvo
evoluo
aumento
me espalho por todos os lados
minhas pequenas partes fazem de mim grande
presente em todo o lugar
preenchendo
estando
sendo
completando
em mim sou completo
me basto
me acho
e de fato sou
assim caminho em direção à auto-suficiência
caminho para me completar
caminho só
por vontade própria
escolhi a sobrevivência.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
morte por cegueira
faz tanto tempo desde o último dezembro,
para onde devo ir de acordo com o que me lembro?
peguei a mão dela
e sorri seu nome
a face dela se vai
com o que me lembro
faz tanto tempo desde o último dezembro
do que eu me lembro
ela falava como vento
e brilhava inspirando confiança
tão pequena e poderosa
faz tanto tempo desde o último dezembro
como uma pequena dádiva de deus
você se parece tanto com ela
pouco me recordo daquele tempo
em que as batidas do meu coração
ditavam o ritmo da sua paixão
faz tanto tempo desde o último dezembro
seus olhos piscam vagarosamente
delicados como o bater de asas de uma borboleta
silenciados pelas experiências que eles escondem
vejo minha pequena imagem refletida
junto com nossos sonhos e promessas
tornarem-se fumaça
dissipando rapidamente no valor das palavras pronunciadas
pelos mesmos lábios que sorriam seu nome
faz tanto tempo desde o último dezembro
eu vi uma garota com um cara
você se parece tanto com ela
agora que eu não mais te reconheço
te esqueço
e por isso eu padeço...
para onde devo ir de acordo com o que me lembro?
peguei a mão dela
e sorri seu nome
a face dela se vai
com o que me lembro
faz tanto tempo desde o último dezembro
do que eu me lembro
ela falava como vento
e brilhava inspirando confiança
tão pequena e poderosa
faz tanto tempo desde o último dezembro
como uma pequena dádiva de deus
você se parece tanto com ela
pouco me recordo daquele tempo
em que as batidas do meu coração
ditavam o ritmo da sua paixão
faz tanto tempo desde o último dezembro
seus olhos piscam vagarosamente
delicados como o bater de asas de uma borboleta
silenciados pelas experiências que eles escondem
vejo minha pequena imagem refletida
junto com nossos sonhos e promessas
tornarem-se fumaça
dissipando rapidamente no valor das palavras pronunciadas
pelos mesmos lábios que sorriam seu nome
faz tanto tempo desde o último dezembro
eu vi uma garota com um cara
você se parece tanto com ela
agora que eu não mais te reconheço
te esqueço
e por isso eu padeço...
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